Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Areia/Diocese de Guarabira

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Jornal A Igreja é Notícia - Edição de Nº 91

Notícias em Destaque:

- Santa Sé promove debate sobre Novos Movimentos Religiosos;
- Bispos reagem à resolução do CNJ sobre "casamento" de homossexuais;
- Invocar o Espírito Santo, para que nos guie rumo a verdade;
- Agenda da Semana:

Domingo(19/05):

- 09h00m Santa Missa na Matriz;
- 10h30m Batizados na Matriz;
- 14h00m Festa de Pentecostes em Guarabira;
- 19h00m Santa Missa na Matriz.

Segunda(20/05):

- 19h00m Santa Missa na Matriz.

Quinta(23/05):

- 19h00m Adoração na Matriz.

Sábado(25/05):

- 19h00m Santa Missa na Matriz.

Santa Sé promove debate sobre Novos Movimentos Religiosos


O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso reuniu-se nesta quinta-feira, 16, na Domus Santa Marta, para uma consulta sobre o Novos Movimentos Religiosos. O objetivo da iniciativa foi oferecer a oportunidade de se aprofundar o assunto, visto que, segundo o mesmo Conselho, merece atenção e reflexão. Os participantes, cerca de quarenta, representaram vários dicastérios do Vaticano, Universidades Pontifícias, a Conferência Episcopal Italiana e o Vicariato de Roma.

O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, juntamente com a Congregação para a Evangelização dos Povos e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Cultura, se dedicam há tempos ao estudo do fenômeno dos novos movimentos religiosos.
Desde 1986, ano em que foi publicada a breve relatório provisório intitulado "O fenômeno das seitas e novos movimentos religiosos: desafio pastoral", fruto de um questionário enviado dois anos antes às Conferências Episcopais, os dicastérios mencionados continuaram os trabalhos de reflexão publicando uma antologia de textos da Igreja Católica (1986-1994) sobre Novos Movimentos Religiosos, intitulado "As seitas e novos movimentos religiosos: textos da Igreja Católica (1986-1994)". Em 2003 foi publicado o livro "Jesus Cristo portador da água viva. Uma reflexão cristã sobre a "Nova Era " feita pelos Pontifícios Conselhos para a Cultura e para o Diálogo Inter-religioso, que foi seguido, em 2004, por uma Consulta Internacional sobre a Nova Era.

A reunião desta última quinta-feira, 16, foi mais um passo no caminho de reflexão, estudo e busca por respostas pastorais eficazes. Os palestrantes discutiram uma variedade de tópicos: o arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, falou sobre Os novos movimentos religiosos e a nova evangelização. O Reverendo Pastor Michael Fuss, da Pontifícia Universidade Gregoriana, abordou o tema  As novas fronteiras do sagrado. Diálogo e confronto entre fé e credulidade.
Na mesma perspectiva, o Reverendíssimo Monsenhor Juan Usma Gomez, chefe de gabinete do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, falou sobre Catolicismo e pentecostalismo em confronto: identidade, relações e perspectivas; o padre Alessandro Olivieri Pennesi, chefe de gabinete para  Os novos cultos do Vicariato de Roma, refletiu sobre O fenômeno da Nova Era. Já o Reverendo Pastor Michael P. Gallagher SJ, da Pontifícia Universidade Gregoriana, falou sobre O fenômeno da Nova Era e os Novos Movimentos Religiosos: análise do contexto cultural.

O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Intereligioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, abriu e encerrou os trabalhos, enquanto o Reverendo Pastor Miguel Angel Ayuso Guixot, Secretário do Departamento, foi o moderador.

Bispos reagem à resolução do CNJ sobre "casamento" de homossexuais

Na reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) desta quarta-feira, 15, o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, recordou aos bispos que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, nesta terça-feira, uma resolução que determina a conversão de união estável em "casamento". 

O presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família, Dom João Carlos Petrini, comentou a decisão e contextualizou a realidade da família e da objetiva normatização do casamento. Dom Petrini lembrou os riscos das mudanças na prática e na legislação a partir apenas do afeto. 

Dom Sergio da Rocha, presidente da Comissão para Doutrina da Fé, também fez ponderações sobre a questão. No decorrer do debate, foi considerada a Nota Oficial da Conferência de maio de 2011 quanto à união entre pessoas do mesmo sexo: “A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural”.

Outra referência lembrada na reflexão foram as Considerações sobre projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais da Congregação para a Doutrina da Fé no qual se afirma:

“A Igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homossexuais. O bem comum exige que as leis reconheçam, favoreçam e protejam a união matrimonial como base da família, célula primária da sociedade. Reconhecer legalmente as uniões homossexuais ou equipará-las ao matrimônio, significaria, não só aprovar um comportamento errado, com a consequência de convertê-lo num modelo para a sociedade atual, mas também ofuscar valore s fundamentais que fazem parte do patrimônio comum da humanidade. A Igreja não pode abdicar de defender tais valores, para o bem dos homens e de toda a sociedade”.

Os bispos devem se pronunciar sobre esse assunto por meio de uma mensagem às Comunidades que será entregue aos jornalistas em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 16, no final da reunião do Consep. A Conferência também vai disponibilizar, no site oficial, o texto da Mensagem com Documentos relativos provenientes do Magistério da Igreja.

Invocar o Espírito Santo, para que nos guie rumo à Verdade

A Praça S. Pedro ficou lotada na manhã desta quarta-feira para a Audiência Geral com o Papa Francisco.

Depois de saudar a multidão através do papamóvel, recebendo e retribuindo o afeto dos fiéis, o Pontífice dedicou sua catequese sobre a ação que o Espírito Santo realiza ao guiar a Igreja e cada um de nós rumo à Verdade.

Para o Papa, vivemos numa época em que há muito ceticismo em relação à verdade, citando as inúmeras vezes em que Bento XVI falou do relativismo, ou seja, da tendência de considerar que não existe nada de definitivo. Então vem a pergunta: existe realmente “a” verdade? Que é “a” verdade? Podemos conhecê-la e encontrá-la?

A resposta é Jesus: a Verdade que, na plenitude dos tempos, “se fez carne”, e veio habitar no meio de nós para que a conhecêssemos. A verdade não é uma posse, é o encontro com uma Pessoa. Esta certeza, porém, nos leva a outra pergunta: mas que nos faz reconhecer que Jesus é “a” Palavra de verdade, o Filho unigênito de Deus Pai? É justamente o Espírito Santo, o dom de Cristo Ressuscitado, que nos faz reconhecer a Verdade. Jesus o define o “ Paráclito”, isto é, “aquele que nos vem ao encontro, que está ao nosso lado para nos amparar neste caminho de conhecimento.

A ação do Espírito Santo na nossa vida é nos recordar e imprimir nos nossos corações de fiéis as palavras que disse Jesus, para que se tornem em nós princípio de avaliação nas escolhas e de guia nas ações cotidianas. É do íntimo de nós mesmos que nasce mas nossas ações: é o coração que deve se converter a Deus, e o Espírito Santo o transforma se nos abrirmos a Ele.
Através do Espírito Santo, o Pai e o Filho habitam em nós: nós vivemos em Deus e de Deus. E Francisco questionou mais uma vez: mas a nossa vida é permeada por Deus? Quantas coisas coloco antes Dele?

“Queridos irmãos e irmãs, neste Ano da Fé, somos convidados, seguindo o exemplo de docilidade de Nossa Senhora, a nos deixar inundar pela luz do Espírito Santo, predispondo-nos à Sua ação, buscando conhecer mais a Cristo e as verdades da fé: meditando a Sagrada Escritura, estudando o Catecismo e aproximando-se com mais frequência dos sacramentos. Mas ao mesmo tempo, devemos questionar quais passos estamos fazendo para que a fé oriente toda a nossa existência. Não se é cristão em alguns momentos ou em algumas circunstância. Somos cristãos a todo momento! Invoquemos com mais frequência o Espírito Santo, para que nos guie no caminho dos discípulos de Cristo.”

Francisco perguntou à multidão: "Quem de vocês reza diariamente para o Espírito Santo? Acho que são poucos, poucos. Mas temos que fazê-lo, para que nos abra o coração para Jesus".

No final da catequese em italiano, o Papa saudou os diversos grupos presentes na Praça e concedeu sua bênção. Francisco anunciou que visitará, em setembro, o Santuário de Nossa Senhora da Candelária (Bonaria) em Cagliari, na ilha da Sardenha, que inspirou o nome de sua cidade natal, Buenos Aires.

sábado, 11 de maio de 2013

Jornal A Igreja é Notícia - Edição de Nº 90

Notícias em Destaque:

- O que a Ascensão de Jesus diz ao cristão de hoje?
- Homenagem a todas as mães;
- Oração das mães;
- Agenda da Semana:

Domingo(12/05):

- 09h00m Santa Missa na Matriz;
- 10h30m Batizados na Matriz;
- 19h00m Santa Missa na Matriz.

Segunda(13/05):

- 19h00m Santa Missa na Matriz.

Quinta(16/05):

- 19h00m Adoração na Matriz.

Sábado(18/05):

- 19h00m Santa Missa na Matriz.

Domingo de Pentecostes.

O que a Ascensão de Jesus diz ao cristão de hoje?

O futuro é fruto do que semeamos nos campos da vida. Não há colheita sem o devido cuidado com a plantação. No campo da vida, o amor é essencial, para que possamos produzir os mais belos frutos de um tempo novo, nascido da esperança que cultivamos com a fé. O céu que esperamos começa a ser construído no hoje de nossa história. Na esperança da glória futura estão impressas as marcas do amor.

Hoje a Igreja celebra a Solenidade da Ascenção do Senhor Jesus.


Na solenidade da Ascensão do Senhor voltamos nosso olhar para Aquele que nos aponta a esperança de nossa vida futura juntos do Seu amor. O hoje de nossa história é tempo teológico para sacramentalizarmos o amor em gestos concretos de vida em plenitude. O Cristo que olhamos é o mesmo que esteve e continua entre nós. O cotidiano da vida é uma preparação para um tempo novo que sonhamos. Um futuro onde cada um de nós terá uma participação plena na vida de Deus.


Juntos de Deus viveremos uma nova relação entre Criador e criatura. Na total transparência dos sentimentos, seremos livres dos limites e dificuldades da condição terrena. No amor trinitário saborearemos a plenitude da comunhão eterna. Em Deus conheceremos o amor que hoje de modo limitado sentimos. A esperança da glória futura nos abre diante da vida as mais belas possibilidades de vivermos hoje o futuro glorioso que esperamos.

A Eucaristia antecipa em nossa alma a comunhão celeste. No pão e no vinho consagrados, corpo e sangue de Cristo, está presente toda a criação, fruto da terra e do trabalho do homem. Na comunhão eucarística já pertencemos aos céus novos e à terra nova. Todos nós que comungamos da Eucaristia estamos, em esperança, na realidade do céu. O céu que nosso coração contempla é antecipado no amor de Cristo doado e partilhado por toda a humanidade.

Esta solenidade que celebramos ensina-nos também a vivermos na terra com as realidades do céu. A comunhão eterna é antecipada em cada gesto de amor e fraternidade entre nós. A paz divina é vivida, ainda que de modo limitado, em cada gesto que devolve vida à humanidade. O amor trinitário é antecipado em cada ato que se faz solidariedade e compaixão entre nós.

Com o coração voltado para o alto, caminhos na terra construindo junto de cada irmão e irmã os céus novos e a terra nova que esperamos um dia viver de maneira plena e infinita. O mundo novo que sonhamos começa a ser vivido em cada gesto de fraternidade.

Corações voltados para o alto com os pés enraizados no amor de Cristo. Eis a nossa missão diante da ascensão de Cristo: fazermos de nossa vida terrena uma antecipação da glória da futura.

Homenagem a todas mães


Querida Mãe,
O nosso mundo se agita neste mar de violências e de desamor; por isso não podemos deixar de nos lembrar de tua pessoa, exatamente porque ainda és, a maior reserva de amor que Deus quis neste mundo. O teu amor é maior que a dor e a morte.
Quando tudo parece estar perdido, ainda resta o coração; é de lá que a vida começa a renascer. E tu, ó mãe, tens entre os homens o primado do coração.
Nem os arranha-céus mais altos, nem os computadores mais possantes, nem os aviões mais velozes, podem ser comparados à beleza transcendente do teu olhar e o sentimento incomparável do teu coração.
Mãe, foste criada não só para dar a vida aos homens, muito mais do que isto, para semear o amor entre eles.
O mundo precisa aprender contigo mãe, antes que seja tarde, a lição do perdão, da compaixão que faz sofrer solidária, da bondade que supera toda inveja, da paciência que vence toda inquietação, do amor que vence todo ódio.
Somos gratos a Deus que te criou e te deu de presente a cada um de nós. A tua beleza é grande porque em ti é grande a intensidade do espírito que penetra a matéria.
Sobretudo mãe, queremos reconhecer e agradecer pela gratuidade das tuas boas obras. Sois como a raiz da árvore, sempre escondida, mas sempre promovendo o crescimento dos ramos e dos frutos.
Disse alguém que “o prazer da abelha é sugar o mel da flor, mas o prazer da flor é entregar o mel à abelha”. Sei que assim és mãe!
Olhando para ti aprendemos a dar graças a Deus todos os dias.
E, se por acaso, alguém não reconhecer o teu valor, ou não retribuir com gratidão ao teu amor que nunca acaba, saiba que o Criador te vê. Lembra-te daquilo que disse alguém: todo dia o sol também dá um belo espetáculo ao nascer, e no entanto, a maioria da plateia dorme, e não pode reconhecer a sua beleza. Mas nem por isso, o sol deixa de ser belo, formoso e fundamental. Da mesma forma, mães o sol do lar.
Que o bom Deus, que nos deu a graça de criá-la, renove tuas forças e tua graça, hoje mais do nunca, para que do teu coração surja uma nova esperança para todos.
Mãe, mais do que antes, precisamos muito de ti!

Oração das Mães


“Oh! Mãe querida, oh doce Virgem Maria, eis-me aqui diante de ti, com meu pobre coração totalmente aberto e voltado para ti.
Olha Senhora para dentro dele e vê toda dor, toda tristeza, preocupações, medos e todos outros sentimentos aí guardados.
Reconheço minhas falhas e faltas como mãe.
Sei também que em ti não tenho me espelhado em frente aos desafios da missão de mãe, que por Deus me foi confiada, pois tenho me deixado levar muitas vezes pelo egoísmo displicência e apelos do mundo, deixando de lado ou em segundo plano a vontade e a verdade de Deus.
Em tanta pobreza do meu ser, vem Senhora, e me ajude a ser fiel e a missão de mãe que Ele à mim confiou.
Ensina-me a viver plenamente o amor, um dimensão de doação e acolhimento. Que eu entenda que amar implica doação e renúncias feitas na alegria.
Sei, oh mãe, que mesmo sabendo da condição divina de teu Jesus, não deixavas de transmitir-Lhe a Palavra de Deus, por isso te peço, dá-me a sabedoria para incultir no coração dos meus filhos a fé e a Palavra da Vida, e assim Jesus venha ser verdadeiramente o Salvador de cada um deles.
Querida mãe, ajuda-me nesta caminhada e me ensina a permanecer na paz e na esperança, mesmo quando não entender os desígnios de Deus em minha vida.
E agora, Senhora, toma em teu coração maternal os filhos que Deus me deu e aí, com teu amor, preservai-os de todo o mal”.
Amém.

sábado, 4 de maio de 2013

Jornal A Igreja é Notícia - Edição de Nº 89

Notícias em Destaque:

- Beata Nhá Chica: Missa de Beatificação;
- CNBB divulga nota oficial sobre beatificação de Nhá Chica;
- "Uma mulher humilde que Deus eleva", diz Dom Diamantino;
- Agenda da Semana:

Domingo(05/05):

- 09h00m Missa na Matriz;
- 10h30m Batizados na Matriz;
- 14h00m Reunião da Irmandade do Rosário na Igreja do Rosário(A Irmandade conta com a presença de todos);
- 19h00m Missa na Matriz.

Segunda(06/05):

- 19h00m Missa na Matriz.

Quinta(09/05):

19h00m Missa na Matriz.

Sábado(11/05):

-19h00m Missa na Matriz.

OBS: Os noitários de Maio nas terças, quartas e sextas estará acontecendo na Igreja do Rosário as 19h00m.

Beata Nhá Chica: Missa de beatificação


Após anos de espera, católicos de Minas Gerais e de todo o Brasil puderam então celebrar a Missa e o rito de beatificação de Francisca de Paula de Jesus, conhecida popularmente como Nhá Chica. A Celebração Eucarística aconteceu na cidade onde viveu a beata, Baependi, sul de Minas Gerais, neste sábado, 4. Presidiu a solenidade o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos e Delegado do Papa Francisco para esta beatificação.
De acordo com a organização, cerca de 50 mil pessoas participaram da cerimônia, entre elas, muitos bispos, padres, religiosos e religiosas. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno, também esteve presente, assim como, o Governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia.

Durante os ritos iniciais da celebração, o Bispo da Diocese de Campanha (MG), Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, elevou a Deus louvores pela vida de Nhá Chica, reforçando que a santidade é a vocação principal de todos os cristãos. Em seguida, o bispo dirigiu-se ao Cardeal Amato recordando o pedido da Igreja local feito ao Santo Padre para a beatificação de Nhá Chica.   

Dom Diamantino descreveu resumidamente a vida de Francisca, destacando a sua disposição em ajudar os que iam a ela e a sua devoção a Nossa Senhora. “Sou uma pobre analfabeta, mas oro com fé e Deus que me atende por intercessão de Sua Mãe, Nossa Senhora da Conceição”, disse Dom Diamantino, recordando uma frase de Nhá Chica.
Após ouvi-lo, o Cardeal Angelo Amato dirigiu-se ao bispo, como prevê o rito de beatificação, e fez a leitura da carta enviada pelo Sumo Pontífice, o Papa Francisco, concedendo a Nhá Chica o título de beata. 

“Acolhendo o desejo do nosso Irmão Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, assim como de muitos outros irmãos no episcopado e de numerosos fiéis, tendo consultado a Congregação para as Causas dos Santos, declaramos por nossa autoridade apostólica que a Venerável Serva de Deus, Francisca de Paula de Jesus, leiga, virgem, mulher de assídua oração, perspicaz testemunha da Misericórdia de Cristo para com os necessitados do corpo e do espírito, doravante seja chamada beata, e a sua festa seja celebrada, nos lugares e da maneira estabelecida pelo direito, todos os anos no dia 14 de junho”, dizia o texto escrito pelo Papa Francisco. 

Lida a carta de beatificação, o povo presente aclamou a nova beata brasileira, Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica. Ana Lúcia Meirelles, miraculada desta beatificação, levou emocionada, ao altar, as relíquias da nova beata. 
Na homilia, o Cardeal Amato destacou as virtudes de Nhá Chica, razões que deram a ela o título de beata. Para ele, Francisca viveu neste mundo uma vida angélica, foi uma cristã que seguiu a Cristo, vivendo com heroísmo as virtudes, o amor a Deus e aos pobres. 

“Testemunhas afirmam que ela rezava muito e que tinha sempre o Rosário nas mãos. Era adoradora do Santíssimo Sacramento e fiel contempladora da Paixão do Senhor; assídua à Missa, atenta à homilia do pároco; passava horas e horas em adoração diante do Tabernáculo. Fazia muitas penitências e mortificava-se. Era chamada 'mãe dos pobres'”, destacou Dom Amato.

Hoje, Nhá Chica recebe a veneração de muitos fiéis, de todas as partes do Brasil. Mas, segundo o cardeal, ela não fica contente somente em ser venerada, mas deseja, sobretudo, ser imitada. “Ela quer que sejamos como ela, verdadeiros discípulos de Jesus, seguindo e pondo em prática o Evangelho. Isto é o que todos nós devemos fazer. Também hoje a Igreja precisa de santos, estes são sua verdadeira coroa de glórias”. 

O representante do Papa Francisco finalizou sua homilia convidando os fiéis a serem, como a beata Nhá Chica, o bom perfume de Cristo no mundo. “A beatificação de Nhá Chica é uma lição de vida cristã para todos nós”, conclui Dom Amato.

CNBB divulga nota oficial sobre beatificação de Nhá Chica

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publica nota sobre a beatificação de Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica. No texto, a entidade destaca que "o reconhecimento pela Igreja da santidade de Nhá Chica, passado pouco mais de cem anos de sua morte, confirma a importância de se colocar em relevo o exemplo de sua vida de fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho".

1. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com toda a Igreja, louva e bendiz a Deus pela Beatificação de Francisca de Paula de Jesus, carinhosamente chamada pelo povo de Nhá Chica, neste sábado, 4 de maio de 2013, na cidade mineira de Baependi. O reconhecimento pela Igreja da santidade de Nhá Chica, passado pouco mais de cem anos de sua morte, confirma a importância de se colocar em relevo o exemplo de sua vida de fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho.
2. A Beatificação de Nhá Chica é uma mensagem de extraordinário significado e importância para nossa Igreja. Filha e neta de escravos, analfabeta, órfã ainda criança, viveu no escondimento, na pobreza e na simplicidade. Devota de Nossa Senhora da Conceição, consagrou seu tempo e consumiu sua vida, como leiga que testemunha a fé, servindo às pessoas, especialmente na nobre tarefa de escutar e aconselhar. Seu cuidado com os mais pobres rendeu-lhe o belo título de “Mãe dos pobres”. Aos que lhe atribuíam favores especiais, respondia com a verdade de quem crê: “Isso acontece porque rezo com fé”.
3. A biografia de Nhá Chica revela sua vida de intimidade com Deus e nos estimula a buscar o ideal proposto por Cristo, como nos lembra São Paulo: “A vontade de Deus é esta: a vossa santificação” (1Ts 4,3). O testemunho de nossa mais nova Beata torna-se, portanto, convite irrecusável a viver intensamente o encontro com Jesus Cristo que “implica necessariamente amor, gratuidade, alteridade, unidade, eclesialidade, fidelidade, perdão e reconciliação” e leva cada discípulo-missionário a se tornar “fonte de paz, justiça, concórdia e solidariedade” (cf. DGAE, 16).
4. Saudamos e agradecemos à Diocese de Campanha e a todos que se dedicam à causa de canonização de Nhá Chica, bem como ao Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, por presidir a cerimônia de beatificação desta Serva de Deus.
5. Que a Beata Nhá Chica alcance de Deus graças e bênçãos para todo o povo brasileiro e nos ensine a trilhar o caminho da santidade, vivendo na simplicidade e na pobreza evangélicas.

“Uma mulher humilde mas que Deus eleva”, diz Dom Diamantino


O bispo da Diocese de Campanha (MG), a qual pertence a cidade onde viveu Nhá Chica - Baependi (MG) - Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, ressaltou durante entrevista que o milagre mais importante de Nhá Chica é sua santidade reconhecida pela Igreja.

“Creio que para nós o milagre já é esse: a Igreja reconhecendo esta mulher simples, mas ao mesmo tempo dotada de uma nobreza espiritual; uma mulher analfabeta, mas sábia aos olhos de Deus; uma mulher humilde mas que Deus eleva. E Jesus diz no Evangelho de Mateus: 'Eu te louvo ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que escondes os mistérios do Teu Reino aos sábios e entendidos e os revela aos pobres, aos pequenos'”, disse o bispo. 

Sobre a intercessão que Nhá Chica exerce pelos que recorrem a ela, Dom Diamantino explica: “Ela realmente não pedia só para ela, pedia para todos, sobre tudo através da profunda devoção a Nossa Senhora da Conceição. Nhá Chica é alguém que se faz simples, se faz humilde e generosa para poder, não por ela mesma, mas pela fé em Deus como ela diz, conseguir então aquilo que os outros lhe pedem.”