Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Areia/Diocese de Guarabira

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ações da Pastoral da Criança contribuem para diminuir desnutrição


O país recordou o Dia de Combate à Desnutrição, na segunda-feira, 29/08, com sensação de vitória. A desnutrição infantil aguda, entre crianças de zero a cinco anos, diminuiu 90% nos últimos 30 anos, segundo o estudo Saúde Brasil 2009, divulgado pelo Ministério da Saúde, em dezembro do ano passado. Os dados também apontam a redução de 70% dos casos de desnutrição crônica, nesta mesma faixa etária.


De acordo com o médico epidemiologista e coordenador adjunto da Pastoral da Criança, Dr. Nelson Arns, a evolução da escolaridade da mãe, investimentos na prevenção de doenças, saneamento básico e a melhoria na renda das famílias foram questões imprescindíveis para diminuir a desnutrição no país. 

A Pastoral da Criança, criada em 1983, pela médica Zilda Arns, começou um trabalho de acompanhamento de crianças desnutridas e de suas respectivas famílias, o que contribuiu para vencer o problema.

"O fato da mãe ter condições para estudar, e assim, conhecer os mecanismos da doença, permitiu que ela cuidasse melhor do seu filho, e a Pastoral ajudou a suprir essa lacuna na formação da mãe", explica o coordenador.


Outro aspecto importante foi que a Pastoral da Criança conseguiu provar que era possível evitar doenças na comunidade, investindo na prevenção e ensinando às mães métodos simples para cuidar da saúde dos filhos.


Embora a desnutrição não tenha sido extinguida, Dr. Nelson explica que ao contrário do que se via no passado - onde todos passavam fome e era necessário combater o problema de forma coletiva -, atualmente os casos são mais específicos de famílias que não tem condições.


"[Atualmente] é mais uma questão pontual e de falta de solidariedade para ajudar essa familia que tem dificuldades, do que um problema de desnutrição por falta de comida", ressalta.


Outro fator é a questão da saúde das crianças. Segundo o médico, ao começar a acompanhá-las, é preciso verificar se há alguma doença que esteja impedindo seu bom desenvolvimento, como problemas cardíacos ou problemas de absorção dos alimentos.

Desnutrição no ventre materno

Segundo Dr. Nelson, atualmente outro tipo de desnutrição está preocupando os médicos, é a que acontece durante a gestação. Ele conta que, recentemente, participou de um Congresso Internacional de Epidemiologia, que abordou esse assunto.


"Lá se falou que a desnutrição na barriga da mãe tem um efeito muito forte sobre o futuro da criança. Se a criança passa um pouco de fome na barriga da mãe, ela nasce com menos células no fígado, nos rins, no pulmão e com isso será um adulto que vai ter muito mais problemas cardíacos, problema renal, doença crônica e problemas metabólicos", destaca.


O fato triste, para o médico, é que essas crianças estão nascendo com desnutrição, não por falta de comida, mas sim porque muitas mães optam por não engordar na gestação. "Como se manter a estética fosse mais importante do que o resultado final sobre o bebê", enfatiza.


O médico esclarece que, no mínimo, a mãe precisa engordar nove quilos durante a gestação. Isso é necessário até, para que depois do nascimento, o bebê tenha uma reserva de nutrientes, que ganhará da mãe durante a amamentação.


Outro fator que causa essa desnutrição é quando a mãe é fumante. "Está mais do que provado que o cigarro diminui o peso da criança e prejudica sua nutrição dentro da barriga", enfatiza o médico.


Dr. Nelson elucida porque isso acontece: "Vamos entender assim: o cigarro é um veneno que passa pelo cordão umbilical para a criança e, para tentar proteger o bebê desse veneno, o cordão umbilical fica mais estreito, para passar menos sangue e menos veneno para a criança. Só que com isso o bebê recebe menos nutrientes e começa a passar fome. E isso vai prejudicar o funcionamento do seu organismo pelo resto da vida".

Obesidade infantil

Um problema que tem aumentado de forma preocupante, no Brasil, é a obesidade infantil. O médico explica que, muitas vezes, o sobrepeso é visto como se fosse "culpa" da pessoa, por ela estar comendo demais ou fazendo pouco exercício, mas essas não são as únicas causas. A desnutrição durante a gestação e uma má amamentação também contribuem para a obesidade.


Dr. Nelson salienta que foi feito um estudo interessante na Inglaterra, onde crianças que nasceram prematuras e que as mães optaram por não amamentar, foram acompanhadas por 14 anos.  Algumas dessas crianças foram alimentadas com leite de lata e outras através do banco de leite materno.


"Aquelas crianças que receberam, enquanto estavam no hospital, o leite materno, aos 14 anos de idade, tinham muito menos diabetes, pressão alta e sobrepeso", afirma.


Isso mostra que a amamentação também interfere no futuro da criança. "Esse aleitamento materno nos primeiros meses de vida já decide como é que o adolescente vai ser. A maior parte desses problemas é consequência dos cuidados na gestação e no aleitamento materno logo depois do nascimento", diz.
Mas se a criança não recebeu uma boa nutrição na barriga da mãe ou não foi amamentada como deveria, a Pastoral da Criança destaca outro caminho para evitar a obesidade infantil. "A criança precisa de uma dieta muito balanceada - frutas e verduras, e precisa também ter um espaço seguro para brincar".


Dr. Nelson ressalta que a pastoral está sugerindo que os pais pensem, em algum horário, se possível todos os dias, para que as crianças possam brincar ao ar livre, com outras crianças. "Com isso a criança fica muito mais feliz por ter interação com outras crianças, chega em casa cansada, tem o que contar e dorme melhor", salienta.

Humanidade está sedenta de Deus, enfatiza Bento XVI

A humanidade tem sede por algo grande, tem sede de Deus. Muitos vivem a procurar em diversos lugares, como terra árida eles procuram pela água viva.

“Pedimos por àqueles que procuram a água viva em outros lugares, para que Ele mostre que essa água é Ele mesmo, o qual não vai permitir que a vida dos homens, a sua sede por aquilo que é grande, sede de plenitude, seja afogada ou sufocada naquilo que é transitório”, destacou o Papa Bento XVIno fim do encontro com seus ex-alunos, neste domingo, 28.

Durante a Missa de encerramento do encontro Ratzinger Schülerkreis, Bento XVI pediu sobretudo pelos jovens, para que a sede de Deus torne-se viva neles e que eles reconheçam onde se encontra a resposta.

E para aqueles que desde da juventude tiveram a graça de conhecer a Deus, o Pontífice pediu mais empenho para levar Deus à humanidade.

“E que nós, que pudemos conhecer Deus desde nossa juventude, possamos pedir perdão pelas vezes que levamos tão pouco a Luz de Sua face aos homens, assim pouco provém de nós a certeza que “ele é, Ele está presente, e Ele é a grande realidade, plena, que todos temos”. Queremos pedir a Ele que nos perdoe, que nos renove com a água viva do seu Espírito Santo e que nos possibilite celebrar os Santos Mistérios dignamente”, ressaltou .

O encontro dos ex-alunos de Bento XVI aconteceu entre os dias 25 e 28 de agosto em Castel Gandolfo. Este ano foram discutidas questões referentes a nova evangelização. 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jornal A Igreja é Notícia 23ª Edição

Estamos iniciando o Jornal a Igreja é Notícia na sua 23ª Edição, com transmissão da Rádio PBFM e retransmissão da Comunitária Areia FM.
Notícias em Destaque:


-Vida consagrada: Seguir Cristo casto, pobre e obediente;
Deus se revela e ensina por meio da Liturgia, explica Dom Bertone;
BENTO XVI ANUNCIA LEMA DA PRÓXIMA JMJ 2013 NO RIO;
Cruz da JMJ peregrinará pelo Brasil;
Arquidiocese de São Paulo receberá Cruz da Jornada com festa;
Prefeito do Rio acredita que a JMJ 2013 reunirá a mais gente que a Copa 2014;
- Agenda da Semana:


Domingo(28/08):
- 09:00hrs Missa na Matriz
- 12:00hrs Oração da 1.000 Ave Maria na Casa de Formação Jesus Misericordioso Conjunto Fogo
- 15:30hrs Missa em Muquém
- 19:00hrs Missa na Matriz


Segunda(29/08):
- 19:00hrs Missa na Matriz


Quarta(31/08):
- 19:00hrs Terço dos Homens no Rosário
- 19:00hrs Grupo de Oração Chama Viva na Matriz
- 19:00hrs Grupo de Oração Estrela da Manhã no Mutirão(Abertura do Seminário de Vida)


Quinta(01/09):
- 15:30hrs Missa em São Bento
- 19:00hrs Missa na São Francisco
- 19:30hrs Adoração ao Santíssimo na Matriz


Sexta(02/09):
- 07:00hrs Missa 1ª sexta do mês na Matriz
- 15:30hrs Missa em Tanque Cumprido
- 19:00hrs Missa em Cepilho


Sábado(03/09):
- 15:30hrs Missa em Mazagão
- 19:00hrs Missa na Matriz
- 19:00hrs Missa em Mata Limpa
- 19:00hrs Grupo de Oração Vida no Conjunto Fogo

BENTO XVI ANUNCIA LEMA DA PRÓXIMA JMJ 2013 NO RIO


“Ide e evangelizai todos os povos”

O Papa Bento XVI anunciou na última quarta-feira(24/08), ao término da audiência geral realizada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o lema escolhido para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro.
O lema foi tirado da passagem evangélica de Mateus 28, 19: “Ide e fazei discípulos todos os povos”. A JMJ do Rio será realizada entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, segundo informaL'Osservatore Romano.
O lema escolhido pelo Papa sublinha o caráter missionário da próxima JMJ, como já anunciou o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, na coletiva de imprensa realizada em Madri imediatamente depois do encerramento da JMJ 2011.
O Papa também anunciou o lema da JMJ do próximo ano que, como é tradição, será realizada nas dioceses no Domingo de Ramos de 2012: “Estai sempre alegres no Senhor!”, tirado da Carta aos Filipenses (4, 4).
“Desde já, confio à oração de todos a preparação destes importantes encontros”, disse o Papa aos fiéis reunidos no pátio de Castel Gandolfo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Prefeito do Rio acredita que a JMJ 2013 reunirá a mais gente que a Copa 2014

O prefeito do Rio do Janeiro, Eduardo Paes, próximo anfitrião da Jornada Mundial da Juventude em 2013, assegurou que o evento católico será um êxito total e está convencido de que "será tão impactante que reunirá mais gente que a Copa do Mundo de futebol", que será realizada no Brasil no ano seguinte.

Conforme informou o site espanhol ReligionenLibertad.com, Paes compareceu junto do governador do Rio, Sergio Cabral, à Missa de Encerramento no aeródromo de Quatro Ventos neste domingo, onde Bento XVI anunciou formalmente o Rio como a cidade anfitriã da seguinte JMJ.

"A multidão que vi hoje na celebração da missa e que tomou as ruas de Madrid me emociona e me faz pensar nas proporções que um encontro similar terá em nossa cidade, tendo em conta a fé do nosso povo", disse Paes.

Cabral acrescentou que "já estamos na conta regressiva para este evento, intenso em esperança, espiritualidade e motivação de nossos jovens".

Conforme informa a agência católica, “as autoridades brasileiras esperam que os anos 2013 com a JMJ, 2014 com o Mundial e 2016 com os Jogos Olímpicos sejam três grandes destaques nesta década que mudarão a fisionomia da cidade e protagonizarão a definitiva transformação do país” e recorda que “não à toa o Brasil é o país do mundo com o maior número de católicos”.

Arquidiocese de São Paulo receberá Cruz da Jornada com festa

No próximo dia 18 de setembro, o Brasil recebe a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que será no Rio de Janeiro em 2013, conforme anunciou oficialmente o papa Bento XVI ao encerrar domingo a Jornada em Madri.

A Cruz será recebida pela Arquidiocese de São Paulo de onde partirá em peregrinação para as 274 dioceses do país ao longo dos dois anos de preparação do maior evento católico para jovens do mundo.

A Comissão da Arquidiocese de São Paulo, organizadora do evento, preparou uma grande festa para acolher a Cruz, que chegará às 16h ao Campo de Marte, em São Paulo. Uma missa será celebrada às 16h30, seguida de show.

De acordo com a Comissão, o objetivo da festa é celebrar a chegada da Cruz no Brasil e provocar o entusiasmo nos jovens e nas famílias de todo o país para participar da JMJ e do roteiro de peregrinação da Cruz preparado para o período de 2011 a 2013.

Um grande show católico reunirá vários cantores ao longo de todo o dia 18 de setembro, a partir das 9h, no Campo de Marte, aguardando a chegada da Cruz, que ficará no Estado de São Paulo até 31 de outubro, seguindo para Belo Horizonte (MG), onde chegará no dia 19 de novembro para a peregrinação nas diocese do Regional Leste 2 da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo).
Neste Regional, a Cruz ficará durante o mês de novembro. A última parada da Cruz antes de ir para o Rio de Janeiro será no Vale do Paraíba, em março de 2013. (CNBB)

Nosso espaço de atualidade hoje traz uma entrevista com Pe. Carlos Sávio Costa Ribeiro, assessor da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB.

Deus se revela e ensina por meio da Liturgia, explica Dom Bertone

Por meio da Liturgia, Deus se manifesta a seus filhos e, como Papa Bento XVI destacou em sua encíclica “Deus caritas est”, o “ser cristão não é uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um evento, uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e um rumo decisivo”.

“Neste sentido, Deus é o grande educador do seu povo, a orientação amorosa, sábia e incansável em sua Liturgia, a ação de Deus na Igreja”, salienta o Secretário do Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, em mensagem escrita em razão da 62ª Semana Litúrgica Italiana, que começou nesta segunda-feira, 22, com o tema “Deus educa o seu povo”.

A Igreja, especialmente quando celebra os divinos mistérios, explica Dom Bertone, se reconhece e se manifesta numa realidade que não pode ser reduzida apenas sobre o aspecto terreno e organizacional.

A Liturgia “deve abrir claramente o coração da comunidade, deve ser reconhecido para além dos estreitos limites do ritual, pois a liturgia não é o que faz o homem, mas o que Deus faz com a sua maravilhosa e livre indulgência”, destaca o cardeal.

Catequese e Liturgia

É sempre necessário aprofundar melhor o relacionamento entre as catequeses e a Liturgia, enfatiza o secretário de estado, lembrando ainda que a Celebração Litúrgica em si, sem perder a sua especificidade, sempre foi uma importante dimensão da catequese.

“De fato, como 'fonte primeira e mais indispensável a partir do qual os fiéis são para derivar o verdadeiro espírito cristão' (ibid., 14), a liturgia pode ser chamada de catequese permanente da Igreja, a fonte inesgotável da catequese”, salienta Dom Bertone.

Assim, conclui o cardeal, a integração entre catequese, celebração e vida são acompanhadas pelo amor materno da Igreja para o crescimento e maturamento da consciência dos fiéis. 

Vida consagrada: Seguir Cristo casto, pobre e obediente

Durante o mês de agosto, a Igreja no Brasil convida os católicos a refletir sobre a riqueza das mais diversas vocações na Igreja e no domingo, 21, todos foram levados a lançar um olhar especial sobre a vida consagrada. 

O Vaticano possui a Congregação para os Institutos de vida consagrada e Sociedade de Vida Apostólica, órgão instituído em 29 de junho de 1908, que cuida justamente das mais diversas congregações religiosas e institutos de vida consagrada espalhados pelo mundo. A cada ano, o Papa também dirige uma mensagem especial a todos os religiosos e religiosas em 2 de fevereiro, dia mundial da vida consagrada.

“Deste modo, a vida consagrada, na sua vivencia cotidiana sobre as estradas da humanidade, manifesta o Evangelho e o Reino já presente e operante”, disse o Papa Bento XVI, em 2 de fevereiro de 2011. 

Ao pensar em vida consagrada, para a maioria, vem à mente as grandes mulheres como Madre Tereza de Calcutá, Edith Stein (Santa Tereza Benedita da Cruz) e tantas outras religiosas que ao entenderem o sentido mais profundo da vocação, traduziram o chamado em doação. Mulheres e homens de várias épocas que encarnaram na vida os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e da castidade configurando-se a Cristo, pobre, casto e obediente.

“A vida religiosa, de fato, conduz a pessoa a assumir de forma consciente e concreta o mistério da paixão de Cristo, sua morte e ressurreição. A partir deste fundamento, se forma o homem novo, o religioso e o apóstolo”, afirmou Irmã Maria Ângela, psicóloga e doutora em Vida Consagrada, da Congregação das Missionárias de Santo Antonio Maria Claret. 

A formação na vida religiosa



A religiosa, que realiza um estudo aprofundado sobre a formação na vida consagrada, destaca a responsabilidade da Igreja perante esta vocação tão nobre, que expressa sua beleza no rosto dos mais diversos carismas, suscitados pelo Espírito Santo, ao longo dos séculos. 

A Igreja, enfatiza Irmã Maria, entende a importância deste chamado para cumprir com eficácia sua missão universal e por isto, investe nestas vocações sobretudo no tocante à formação.

“Em uma chave de leitura educativa e mística da maturidade à luz do mistério pascal, o documento de Diretrizes sobre a formação nos Institutos religiosos, de 1990, revela o processo de maturidade como um programa formativo que dura toda a vida”, salienta.

A exortação pós sinodal Vita Consecrata, escrita pelo Papa João Paulo II , em 1996, expressa bem o apreço da Igreja por esta vocação, destacando que estes religiosos realizam junto a Igreja, sua grande missão: evangelizar.

“A presença universal da vida consagrada e o carácter evangélico do seu testemunho provam, com toda a evidência — caso isso fosse ainda necessário —, que ela não é uma realidade isolada e marginal, mas diz respeito a toda a Igreja”, afirma a Exortação de João Paulo II.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cruz da JMJ peregrinará pelo Brasil

A Cruz que acompanha todas as edições da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegará, no Brasil, no dia 18 de setembro deste ano.

A chegada será em São Paulo e dali a cruz peregrinará por todo o país. Em cada parada serão realizadas pré-jornadas que prepararão os jovens e toda a Igreja para o grande evento com o Papa em 2013.

“Será um tempo de preparação para a JMJ 2013, de renovação da fé. A passagem da cruz será uma ocasião para rever elementos fundamentais do mistério da cruz, pontos fundamentais da nossa fé e do nosso Catecismo”, destaca o Bispo da Diocese de Caraguatatuba (SP), Dom Antônio Carlos Altieri .

Mas o conteúdo de formação destas pré-jornadas, explica Dom Altieri, serão preparadas por cada bispo junto aos párocos de suas dioceses.

“Será um tempo fecundo de preparação. Será um marco para a Igreja no Brasil”, acredita o bispo salesiano.

Todos são convidados para receber a cruz em São Paulo. Depois ela deverá seguir para o sul do país, em seguida para o sudeste, centro-oeste, norte e nordeste. Ao voltar para o Vale do Paraíba, em São Paulo, a cruz deverá passar por Aparecida e pela sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista, antes de, finalmente, ir para o Rio de Janeiro.

Dom Altieri explica que a cruz é um símbolo da redenção para a fé cristã, assim, a passagem da cruz será um momento de abraçá-la verdadeiramente, por amor.

“Esta será uma oportunidade para que entendamos o que é ser cristão, o que é dar a vida pelos amigos e inimigos por amor, não por imposição, sem arrastar isso como se não tivesse outra opção, mas na alegria de quem vê o futuro desse sacrifício”, enfatiza.

Os falsos ídolos da atualidade mostram para os jovens e para a sociedade que a felicidade é encontrada na satisfação de prazeres que são momentâneos. Desda forma, para o bispo salesiano, a passagem da cruz, mostrará que é possível viver no mundo de outra forma.

“A JMJ 2013 terá uma repercussão para toda a Igreja. É um evento que vai mexer com toda nossa estrutura eclesial. Faremos o melhor para que ela dê frutos duradouros. A Igreja no Brasil será marcada por antes e depois da JMJ Rio”, salienta o bispo.

Confiança nos jovens

A JMJ de Madri teve um recorde de participação de brasileiros. Foram cerca de 15 mil jovens e 60 bispos, o que demonstra, segundo Dom Altieri, também a preocupação de Igreja no Brasil com os jovens.

O Papa João Paulo II foi o primeiro a compreender os anseios da juventude que respondeu prontamente o seu pedido. No momento de sua morte, eram os jovens que cantavam e gritavam seu nome da Praça São Pedro. “Eu agradeço vocês, jovens, eu fui até vocês. Vocês me ouviram, me compreenderam e agora vêm a mim”, foi uma das últimas frases de Papa polonês.

O agora Beato João Paulo II é o patrono da JMJ, uma bela herança deixada por ele ao seu sucessor, Bento XVI. Com o mesmo amor que recebiam JPII, os jovens recebem Bento XVI, na certeza que ele é o grande pastor da Igreja. 

Com confiança nos jovens, o Papa se despediu de Madri, aguardando o próximo grande encontro com os jovens, no Rio de Janeiro.

“Os jovens sempre respondem com prontidão quando se lhes propõe, com sinceridade e verdade, o encontro com Jesus Cristo, único Redentor da humanidade”, disse Bento XVI.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Jornal A Igreja é Notícia 22ª Edição

NOTÍCIAS EM DESTAQUE:


- Cardeal Rilko aos jovens: Se Deus existe, tudo muda!
- "Não vos evergonheis do Senhor", pede Bento XVI aos jovens
- JMJ, Escola da nova evangelização
- Assunção de Maria, dogma de nossa Igreja
- Papa fala sobre o dogma da Assunção de Maria
- Fique por dentro com a agenda da semana:


DOMINGO(21/08):
- 09:00hrs Missa na Matriz;
- 10:30hrs Batizados na Matriz;
- 15:30hrs Missa em Chã da Pia;
- 19:00hrs Missa na Matriz;


SEGUNDA(22/08):
- 19:00hrs Missa na Matriz;


QUARTA(24/08):
- 19:00hrs Terço dos Homens na Igreja do Rosário;
- 19:00hrs Grupo de Oração Chama Viva na Matriz;
- 19:00hrs Grupo de Oração Estrela da Manhã no Mutirão;


QUINTA(25/08):
- 19:00hrs Missa no Frei Damião;
- 19:30hrs Adoração ao Santíssimo na Matriz;


SEXTA(26/08):
- 19:00hrs Missa na Usina Santa Maria;
- 19:30hrs Reunião com os Missionários do Dízimo no PIOXII;


SÁBADO(27/08):
- 15:30hrs Missa em Lagoa de Barro;
- 19:00hrs Missa na Matriz;
- 19:00hrs Grupo de Oração Vida no Conjunto Fogo;
- 19:00hrs Reunião com os Missionários do Dízimo de Cepilho.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

JMJ, ESCOLA DA NOVA EVANGELIZAÇÃO


Ao longo do seu pontificado, o Papa João Paulo II teve uma enorme popularidade entre os jovens católicos. Uma das grandes razões foi a ênfase que deu às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), uma iniciativa que começou em 1985. Através desses encontros nacionais e internacionais, João Paulo II deixou muito claro: os jovens não somente são o futuro da Igreja, mas também o seu presente.
Diante do cinismo, do desespero e da falta de sentido que prevalecem no mundo de hoje, a base da nova evangelização no coração do ensinamento de João Paulo II é inspirar esperança e vitalidade na Igreja. O Papa sabia muito bem que o mundo frequentemente se caracteriza pela separação, fragmentação e solidão. Através do dom das JMJ, ofereceu grandes oportunidades para converter-se em portadores de esperança, agentes da comunidade e instrumentos de uma globalização moral.
A beatificação do Papa João Paulo II nos convida a fazer um balanço dos dons que recebemos dele e a examinar a forma em que sua visão e esperança afetaram nossos próprios esforços no ministério pastoral com adultos jovens.
A formação de uma geração
Entre os elementos centrais das JMJ se encontram o culto, a Sagrada Escritura, as catequeses, os sacramentos, a cruz, os santos, a peregrinação, o serviço e as vocações. Cada um destes componentes contribui em grande medida para um ministério pastoral eficaz com os jovens e deve encontrar seu lugar nesse ministério.
A preparação para as JMJ oferece à Igreja grandes momentos para aprofundar na piedade cristã e na devoção. Em todo o Canadá, é pouco provável que se esqueçam das poderosas imagens da cruz da JMJ durante sua histórica peregrinação em 2002. Com a ajuda dos Cavaleiros de Colombro, a cruz viajou através de mais de 350 cidades, povoados e aldeias, de costa a costa. Finalmente, durante as Estações da Cruz, foi um profundo testemunho da história cristã no coração de uma cidade moderna.
Os jovens adultos precisam de heróis e heroínas de hoje e o Papa João Paulo II nos deixou excepcionais modelos de santidade e humanidade. Durante o seu pontificado, ele canonizou 482 santos e proclamou outros 1.338 beatos. Que apropriado que um dos principais padroeiros da JMJ de Madri seja o beato João Paulo II.
Muitos sacerdotes e religiosas jovens disseram “sim” à sua vocação graças ao testemunho pessoal de João Paulo II, quem lhes disse “Não tenham medo!”. Muitos homens e mulheres jovens descobriram o sentido da sua teologia do corpo e chegaram ao matrimônio com profunda fé e convicção. E muita gente comum fez coisas extraordinárias graças à sua influência, seu ensinamento e até seus gestos.
O extraordinário impacto que João Paulo II teve nas gerações mais jovens felizmente continuou com o seu sucessor. Durante a Missa de encerramento da JMJ em 2008, o cardeal George Pell, de Sydney, agradeceu ao Papa Bento XVI com estas palavras: “Sua Santidade, as Jornadas Mundias da Juventude foram uma invenção do Papa João Paulo II o Grande. A JMJ em Colônia já havia sido anunciada antes da sua eleição. E o senhor decidiu continuar com as JMJ e realizar esta em Sydney. Estamos profundamente agradecidos por esta decisão, o que indica que as JMJ não pertencem a um Papa, nem mesmo a uma geração, mas agora fazem parte normal da vida da Igreja. A geração de João Paulo II – jovens e velhos por igual – se orgulha de ser composta por filhos e filhas fiéis do Papa Bento XVI”.
Uma Igreja jovem
Uma pessoa pode optar por falar sobre sua experiência na JMJ como algo do passado, que iluminou as sombras e a monotonia da vida em um brilhante momento na história. Há, no entanto, outra perspectiva. A história do Evangelho não trata de momentos de “Camelot”, mas de momentos “Magnificat”, convidando constantemente os cristãos a aceitarem o hino de Maria de louvor e ação de graças pelas formas em que Deus Todo-Poderoso transita pela história humana, aqui e agora. Em outras palavras, a vida cristã não se nutre somente de lembranças, por mais belas que sejam. A Ressurreição de Jesus não é a lembrança de um acontecimento distante, mas a Boa Nova que continua se realizando.
Devemos ser honestos e admitir que as JMJ não oferecem uma panaceia ou uma solução rápida aos problemas da nossa época, tampouco aos desafios que a Igreja de hoje enfrenta quando nos aproximamos das gerações mais jovens. No entanto, estes eventos oferecem um novo cristal por meio do qual enxergamos a Igreja e o mundo e construímos nosso futuro comum. Uma coisa está clara: ninguém poderia ir embora de Toronto, Colônia ou Sydney pensando que é possível dividir sua fé em seções ou reduzi-la a poucas regras e celebrações do domingo.
Não posso deixar de recordar as palavras comoventes do cardeal James Francis Stafford, ao dirigir-se à multidão de jovens reunidos ao redor da Praça de São Pedro, na cerimônia de inauguração da JMJ do Jubileu, em 15 de agosto de 2000. Dirigindo-se ao Papa João Paulo II, visivelmente emocionado e envelhecido, o cardeal Stafford disse: “Santo Padre, à medida em que transitava pela década de 60, às sessões do Concílio [Vaticano II], para expressar mais uma vez o mistério da sempre jovem Igreja, o senhor experimentou muitas vezes o abraço destas grandiosas colunatas. Hoje, todos nós oramos para que sua felicidade possa ser completa. Porque estas multidões juvenis, agora também cercadas pelos braços de São Pedro, são testemunhas vivas da esperança do Concílio e da sua”.
Assim, o cardeal expressou da forma mais bela a missão e o propósito das JMJ, que são uma foto instantânea da alegria, da esperança e da unidade às quais a Igreja está chamada. Como disse o Papa Bento XVI em sua homilia inaugural em 2005, “a Igreja está viva e é jovem; carrega em si o futuro do mundo e, portanto, indica também a cada um de nós o caminho rumo ao futuro”. As JMJ são uma lembrança desta verdade.

CARDEAL RYŁKO AOS JOVENS: SE DEUS EXISTE, TUDO MUDA!


Emocionante inauguração da JMJ em Madri

“Nestes dias, a fé estará no centro da nossa reflexão, porque a fé é um fator decisivo na vida de cada homem.” Disse o Cardeal na última quarta-feira(17/08) na abertura da JMJ 2011.
“Se Deus existe ou não existe, tudo muda!”: com estas palavras, dirigiu-se ontem aos jovens o cardeal Stanisław Ryłko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, ao concluir a Missa de inauguração da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Esta celebração, presidida pelo cardeal Antonio María Rouco Varela, arcebispo de Madri, reuniu na Plaza de Cibeles milhares de peregrinos vindos do mundo inteiro – aproximadamente meio milhão, segundo os organizadores.
Sob um sol abrasador e apesar das numerosas dificuldades logísticas, começou ontem a 26ª Jornada Mundial da Juventude, a segunda em solo espanhol, depois da de Santiago de Compostela. Bandeiras de todo o mundo – espanholas, italianas, brasileiras, polonesas, americanas, entre outras – cobriram toda a área do centro da cidade.
Estes jovens, antes de invadir a capital espanhola, participaram, em dias passados, dos atos organizados nas demais dioceses espanholas.
“Nossa reflexão e nossa oração nestes dias estarão guiadas pela palavra de São Paulo, que todos vocês já conhecem: Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé.”
A fé, explicou o cardeal Ryłko aos jovens, “é a raiz que nos nutre com a seiva vital da Palavra de Deus e os sacramentos; é o fundamento, a rocha sobre a qual construir a vida, a bússola segura que guia as nossas decisões e dá à nossa vida a orientação decisiva”.
“No entanto, muitos hoje se perguntam: em nosso mundo, que tão frequentemente rejeita Deus e vive com se Ele não existisse, a fé ainda é possível?”
A JMJ, afirmou o purpurado, tem como objetivo “dizer em voz alta ao mundo inteiro – em particular a esta Europa que está dando sinais de profunda desorientação – o seu firme 'sim'! Sim, a fé é possível!”.
A fé, acrescentou, “é uma aventura maravilhosa que nos permite descobrir toda a grandeza e a beleza da nossa vida”.
O cardeal Ryłko recordou, entre os aplausos dos jovens, que esta JMJ “acolheu um hóspede especial”, em referência à proclamação do beato João Paulo II como padroeiro do encontro.
De fato, na Missa de inauguração, dedicada ao novo beato, esteve presente uma relíquia de João Paulo II, uma ampola de sangue doada por aquele que foi seu secretário pessoal, o cardeal Stanislaw Dziwisz, à JMJ.
“Ele voltou entre vocês, os jovens a quem tanto amou e que tanto o amaram: voltou como beato padroeiro seu e como protetor a quem vocês podem se confiar; voltou como um amigo – um amigo exigente, como ele mesmo gostava de se definir... E veio para dizer-lhes mais uma vez, com muito carinho: não tenham medo!”, concluiu.

"Não vos envergonheis do Senhor", pede Bento XVI aos jovens

"Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência", afirmou o Papa Bento XVI, nesta última quinta-feira, 18, em sua chegada a Madri, na Espanha, para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011.

O Santo Padre agradeceu a hospitalidade de todos que acolheram esses jovens e afirmou que foi ao país para confirmar todos na fé e exortá-los "a encontrarem-se pessoalmente com Cristo Amigo e assim, radicados na sua Pessoa, converterem-se em seus fiéis seguidores e valorosas testemunhas".

"Não vos envergonheis do Senhor", disse Bento XVI. "Ele fez questão de fazer-se igual a nós e experimentar as nossas angústias para levá-las a Deus, e assim nos salvou", destacou.

Bento XVI disse ainda que os jovens veem a superficialidade e o consumismo imperantes na sociedade e sabem que, sem Deus, seria difícil afrontar estes desafios e ser verdadeiramente felizes, colocando para isso todo o entusiasmo na consecução de uma vida autêntica.

"Esta descoberta do Deus vivo revigora os jovens e abre os seus olhos para os desafios do mundo onde vivem, com as suas possibilidades e limitações (...) Com Ele a seu lado, terão luz para caminhar e razões para esperar, não se detendo nem mesmo diante dos ideais mais altos, que hão de motivar os seus generosos compromissos para a construção de uma sociedade onde se respeite a dignidade humana e uma efetiva fraternidade", afirmou.

O Papa destacou que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é uma ocasião privilegiada para que os jovens coloquem em comum as suas aspirações, troquem reciprocamente a riqueza das culturas e experiências uns dos outros, e se animem mutuamente num caminho de fé e de vida, no qual alguns se julgam sozinhos ou ignorados nos seus ambientes cotidianos.

"Mas não! Não estão sozinhos", ressaltou Bento XVI. "Muitos da sua idade partilham os mesmos propósitos deles e, confiando inteiramente em Cristo, sabem que têm realmente um futuro à sua frente e não temem os compromissos decisivos que preenchem toda a vida. Por isso me dá imensa alegria poder escutá-los, rezarmos juntos e celebrar a Eucaristia com eles. A Jornada Mundial da Juventude traz-nos uma mensagem de esperança, como uma brisa de ar puro e juvenil, com aromas renovadores que nos enchem de confiança face ao amanhã da Igreja e do mundo".

Por fim, o Santo Padre recordou os jovens de todo o mundo que "atravessam provações de diversas índoles" e disse que, nestes dias estará junto a cada um deles. E pediu a intercessão da Virgem Maria pelo bom êxito da JMJ.

Nesta quinta-feira Bento XVI irá se encontrar com os jovens na Praça da Independência de Madri e fará a passagem, com alguns desses jovens, pela Porta de Alcalá. Em seguida fará um discurso. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Papa fala sobre o dogma da Assunção de Maria

Este é um dia para admirar e louvar pelas grande coisas que o Onipotente por meio da Virgem Maria e pelas coisas que Ele operou nela, disse o Papa Bento XVI na solenidade de Assunção de Maria, celebrada na última segunda-feira, 15 e que é celebrada na Igreja do Brasil hoje 21.

Durante a homilia da Santa Missa realizada nesta manhã na paróquia pontifícia “Santo Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, o Papa destacou que Maria indica “um caminho e uma meta que podem e devem se tornar, de qualquer modo, o nosso mesmo caminho e a nossa mesma meta”. 

Guiado pela Liturgia do dia, o pontífice indica que a arca descrita no Antigo Testamento, se torna “arca viva” no Novo Testamento.

“Qual o significado da arca? O nos que parece? Para o Antigo Testamento, esse é o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. Mas, agora, o símbolo deu lugar a realidade. Assim, o Novo Testamento nos diz que a verdadeira arca da aliança é uma pessoa vida e concreta: é a Virgem Maria”, elucida o Papa. 

O Santo Padre ressalta que Deus não vive num objeto, Deus habita numa pessoa, num coração: Maria, naquela que carregou em seu colo o Filho eterno de Deus feito homem, Jesus nosso Senhor e Salvador. 

“Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si Jesus; colheu em si a Palavra vivente, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus; acolheu em si Aquele que é a nova e eterna aliança, culminando com a oferta do seu corpo e do seu sangue: corpo e sangue recebidos de Maria”, enfatiza.

Maria no Apocalipse

No Livro do Apocalipse, é indicado um outro aspecto importante da realidade de Maria. Nele, ela, arca vivente da aliança, tem um destino de glória extraordinária, pois está estreitamente unida ao Filho, aquele no qual ela acolheu na fé e gerou na carne, sendo ela capaz de compartilhar integralmente a glória do céu. 

“Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida... atormentada para dar à luz. Ela deu à luz um filho, um varão, que Irá reger todas as nações...” (Ap 12,1-2; 5). 

Hoje, a Igreja canta o amor imenso de Deus por esta sua criatura: “a escolhida como verdadeira 'arca da aliança', como aquela que continua a gerar e a doar Cristo Salvador à humanidade, como aquela que no céu divide a plenitude da glória e goza da mesma felicidade de Deus”, explica o Papa. 

Maria visita Isabel


Já no Evangelho de Lucas é descrita a visita de Maria a Isabel. Maria deixa sua casa em Nazaré e parte para chegar “logo” à cidade de Judá. Esse “logo” mostra a rapidez na qual Maria se coloca para fazer a vontade de Deus. 

“As coisas de Deus merecem rapidez, na verdade, as únicas coisas no mundo que merecem rapidez são justamente aquelas de Deus, que têm uma verdadeira urgência para nossa vida”, salienta Bento XVI. 

Zacarias, Isabel e o pequeno João Batista representam todos os justos de Israel, no qual os corações, ricos de esperança, atendem a vinda do Messias salvador, explica o Papa. “É o Espírito Santo que abre os olhos de Isabel e a faz reconhecer em Maria a verdadeira arca da aliança, a Mãe de Deus, que vem para visitá-la”.

“Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! E de onde provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? (Lc 1,42-43). É assim que Isabel recebe Maria, e é o Espírito Santo que abre o coração de João Batista no ventre de Isabel. 

“Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre” (Lc 1,44). 

No seio da mãe, João Batista dança como o Rei Davi no Antigo Testamento diante da arca da aliança. João Batista reconhecesse Maria como a nova arca da aliança, “diante da qual o coração exulta de alegria, a Mãe de Deus presente no mundo, que não tem para si a divina presença, mas a oferece, dividindo a graça de Deus”.

Destinados ao amor de Deus 


O Papa destaca que “também nós somos destinados a esse imenso amor que Deus reservou” e é Maria quem indica, com luminosa clareza, o caminho em direção a verdadeira Casa, aquela na qual é possível viver a comunhão da glória e da paz com Deus.

domingo, 14 de agosto de 2011

Assunção de Maria, dogma de nossa Igreja



Leia o artigo de Reinaldo Reis sobre a Assunção de Nossa Senhora, celebrada em 15 de agosto
No dia 15 de agosto, a Igreja Católica celebra a Assunção da mãe de Jesus ao céu.  Leia o artigo de Reinaldo Reis, Assessor para Comunidades da RCCBRASIL, sobre esse dogma de nossa religião. 
 “Mas lá de dentro do fundo da terra do chão da cova eu ouvia a vozinha da Virgem Maria dizer que fazia sol lá fora. Dizer insistentemente que fazia sol lá fora”. (Trecho do poema “A Virgem Maria”, de Manuel Bandeira)
Que motivos temos nós, cristãos católicos, para rejubilarmo-nos e celebrar com reverência e fé a solenidade da Assunção de Maria ao céu?
Acredito ser reconfortante para todos os mortais sabermos que, no Paraíso celeste, junto ao trono da glória eterna, pulsam também dois corações formados da mesma natureza humana que a nossa: o coração misericordioso do Filho de Deus, que “se fez carne” (Jo 1,14), e o coração materno e intercessor de Maria (Jo 2,3), a filha predileta do Altíssimo, Mãe do Cristo, parceira do Espírito Santo!
E essa nossa fé na Assunção da Virgem aviva em nós a esperança de que Maria é aquilo que um dia também seremos. É garantia para todos nós daquela salvação plena que Jesus não só prometeu, mas também realizou com sua morte, ressurreição e ascensão aos céus...
Diz-nos o Concílio Vaticano II: “Do mesmo modo que a Mãe de Jesus, já glorificada no céu em corpo e alma, é imagem e primícia da Igreja, que há de atingir a sua perfeição no século futuro, assim também já agora na terra, enquanto não chega o dia do Senhor (cf. 2 Pd 3,10), ela brilha, como sinal de esperança segura e de consolação, aos olhos do povo de Deus peregrinante”. (Lumen Gentium, nº 68)...
Como se realizou a Assunção de Maria? Como foram seus últimos dias na Terra? Morreu ela tendo logo ressuscitado e sido levada ao céu? Ou, por ter sido de tal modo isenta do pecado, não padeceu a morte?
O Senhor cercou de certo mistério o fim de Maria e a Sagrada Escritura não nos oferece indicações precisas sobre o término de sua existência terrena, nem se foi morta ou não. A Bíblia nos mostra, entretanto, a profunda comunhão, a estreita unidade que ela manteve com a pessoa e a obra de Seu Filho.
Se ela, conforme a Promessa (Gn 2,15), fora isenta de qualquer pecado, era natural que seu corpo estivesse também isento das penas e das conseqüências do pecado, não podendo, deste modo, sofrer a corrupção do túmulo. Ela deveria, como Seu Filho, ser beneficiada pela completa vitória d’Ele sobre o pecado e, na sua gloriosa Assunção-Ressurreição, deveria completar essa vitória.
A bula que proclamou como verdade dogmática o mistério da Assunção (Munificentissimus Deus) conclui sua exposição de motivos com estas palavras: “Assim como a gloriosa ressurreição de Cristo é um aspecto essencial e um último troféu dessa vitória, convinha que também a luta da Virgem, unida a Seu Filho, terminasse pela glorificação de seu corpo virginal, realizando-se então n’Ela as palavras de São Paulo: “A morte foi tragada pela vitória” (I Cor 15,54).
Não nos deve, pois, causar estranheza o fato de Deus preservar da corrupção do sepulcro e levar consigo para o Paraíso aquele corpo do qual Ele próprio tomara o seu e no qual fora gerado. Afinal, Jesus é carne da carne de Maria e sangue do seu sangue. Natural, portanto, que, por especial privilégio do Altíssimo (assim como o foi sua imaculada conceição), o seu corpo, unido à sua alma totalmente isenta do pecado, fosse glorificado e assunto ao céu.
Do ponto de vista teológico, a Assunção aparece como uma conseqüência das graças singulares de Maria. É quase uma exigência de sua Dei-maternidade, de sua vida cheia de graça, “de sua singular participação na Ressurreição de Seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos” (Catecismo da Igreja Católica, nº 966).
A Tradição da Igreja sempre acreditou, com uma consciência cada vez mais clara e definida, na assunção de Maria aos Céus em corpo e alma – ponto alto da redenção que transfigurou toda a sua vida. Por isso, a proclamação deste dogma, em 1º de novembro de 1950, simplesmente confirmou solenemente e com autoridade a secular fé da Igreja: “Era preciso que a Mãe da Vida partilhasse (também) a Mansão da Vida” (São Germano de Constantinopla).
Voltemos aos versos do início... e ansiemos também por ouvir um dia, a exemplo do poeta, a doce e confiante voz da Virgem Maria a dizer-nos que para além do sepulcro, para além das trevas da morte, está o Sol da Justiça (Mal 4,2a), está a Luz do Mundo (Jo 8,12), está a Ressurreição e a Vida (Jo 11,25). Aleluia!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dia dos Pais - Significado e orações

O mês de agosto é o Mês das Vocações. Dentro da vocação familiar, da feliz união entre um homem e uma mulher, nós celebramos a cada segundo domingo de agosto o Dia dos Pais. Equilibrando erros e acertos, os pais têm um papel importante na formação do caráter e no decorrer da vida dos filhos.

Os pais acompanham seu crescimento, seu desenvolvimento intelectual e se esforçam para dar aos filhos conforto, boa alimentação, educação de qualidade. E, em geral, procuram orientá-los para que possam enfrentar o mundo, com suas alegrias, com seus dissabores. Acompanham-nos em suas vitórias, em seus fracassos, em suas lutas.

É claro que há exceções, mas essas exceções só confirmam a regra porque pais que não se preocupam com seus filhos não estão no seu estado natural, normal. O mundo de hoje apresenta anomalias absurdas. Temos notícia de pais que torturam seus filhos, que os desrespeitam, que espancam ou matam a mãe na presença dos filhos. Mas isso não é o correto, o desejável, a razão pela qual Deus os fez pais.

A família – o Lar cristão – Igreja doméstica – Santuário da vida – é a célula básica da sociedade. Deus nos coloca numa família para que nela aprendamos a amar e, porque aprenderemos a amar sem medidas, Ele espera que extravasemos esse amor para a vizinhança, para o bairro, para toda a cidade, para o mundo.

Dentro da família, o pai é o apoio, o amparo, a proteção, tal como São José o foi na Sagrada Família. Precisamos de muitas orações pelos pais, para que eles tenham saúde, caráter, amor no coração e para que eles sejam amados e respeitados pelos seus filhos, que se espelharão neles [pais] para construir a própria vida.

E, mais importante do que tudo isso, que nossos pais sejam educadores de seus filhos na fé, transmissores da fé católica e deem testemunho de discípulos-missionários de Jesus Cristo.

Uma prece especial fazemos pelos pais e avôs que já nos precederam no convívio celeste da comunhão dos santos. Da mesma maneira, aos pais presentes, que Deus abençoe os pais de todo o mundo. Sendo eles abençoados, as famílias o serão e a humanidade poderá conhecer uma vida melhor.

2º Domingo de Agosto é Celebrado a Vocação Familiar

Neste segundo domingo do mês de agosto, a Igreja celebra a vocação familiar, recordando que aqueles que são chamados a gerar a vida, a continuar com a obra criadora de Deus.

E para proteger e enfatizar a importância dessa instituição que é a base da sociedade, a Igreja conta diretamente com o trabalho da Pastoral Familiar.

“A Igreja auxilia na preparação e na reflexão junto àqueles que querem assumir com responsabilidade a vocação do matrimônio e, assim, constituir uma família”, destaca o assessor da Pastoral Familiar de Aparecida, padre José Carlos de Melo.

Esta pastoral trabalha nas bases da formação da instituição familiar, começando pela formação das crianças na catequese e passando pela preparação dos noivos para o casamento. E ao longo do casamento, os casais fazem encontros de reflexão para renovar sempre esta vocação e este chamado.

“A fé, que nós adquirimos no nosso Batismo e que foi passada por nossos pais, deve ser vivida todos os dias de nossa vida, sem isso não podemos ter uma vida em família”, salienta os responsáveis pela Pastoral da Família de Aparecida, Maria José e Edson Ambrósio Ribeiro.

Para eles, a harmonia em casa é conquistada com o testemunho pessoal dos pais que são exemplos para seus filhos.

“O pai tem que estar sempre presente na vida dos filhos, nos afazeres, na escola, passando os valores, sendo responsável pela educação de seus filhos para que eles sejam bons cidadãos e cristãos autênticos”, destaca o marido.

Nos casos especiais, junto às famílias com problemas de ordem psicológica ou material, em casos de separação e com casais de segunda união a Pastoral da Família faz um acompanhamento especial.

Padre José Carlos salienta também que muitas pessoas se tornam pais e mães sem fazer um planejamento, mas a pastoral está ali justamente para ajudar a despertar essa vocação.

Também muitas crianças são criadas com muito amor por avós, tios ou padrinhos que desejam que elas se tornem pessoas de bem. Neste sentido, a pastoral busca auxiliar “dando formação e a  assistência material necessária para que se caminhe bem a formação e o crescimento dessas crianças”, explica o padre. 

Igreja quer proteger a família para o bem da sociedade

A Igreja Católica sempre exaltou o valor da família para a construção de uma sociedade justa e equilibrada. Para o membro do Conselho Diretor da Pontifícia Academia para a Vida, orgão do Vaticano, Mounir Farag, a família é uma pequena igreja doméstica, assim como descrevia o Beato João Paulo II.

Na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, João Paulo II fala sobre o papel da família na sociedade e ela é descrita como a composição de um homem e uma mulher, assim como Deus a criou.

É nesta célula mãe da sociedade que uma pessoa aprende primeiramente o que é o amor. Este é o papel fundamental da família, antes de tudo, ensinar a amar. O membro do Vaticano recorda que existem ainda outros documentos escritos por João Paulo II como o Mulieris Dignitatem, que fala da dignidade da mulher, e a Cartas às Famílias que abordam assuntos ligados a formação da família.

“Vemos em nosso tempo, coisas dolorosas e dramáticas, que colocam em risco este tipo de família: o individualismo, permissivismo, egoísmo, a exaltação do prazer (e o marketing encoraja isso), a sexualidade irresponsável , crises familiares, divórcio, aborto, carência educativas, etc. Estas são coisas que degradam a ética. Talvez essas coisas não feitas com uma má intenção, mas porque faltou uma instrução e informação”, salienta o Mounir Farag.

Mas ao mesmo tempo, o especialista destaca que existem muitos exemplos positivos em todo mundo, tanto por parte da Igreja, quanto pela sociedade, como movimentos à favor da família em diversas partes do mundo - Ásia, África, em países do oriente dentro da cultura árabe, muçulmana e africana - que colocam em destaque esta estrutura composta por um homem e uma mulher, assim como Deus a criou.

Modelo da Trindade

“Se somos cristãos, para consolidar esta estrutura de família, podemos ver o modelo da Trindade: Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Três pessoas completamente diferentes uma da outra, mas que foram um. Se acreditamos na Trindade, a família nos dá a possibilidade de realmente crer e entender esta Trindade Divina”, ressalta o especialista do Vaticano.

Mounir Farag explica que a imagem de Trindade Divina, para os cristãos, se realiza na forma de união entre um homem e uma mulher, que buscam a unidade em todos os sentidos, também no âmbito corporal, unidade ao ponto de se tornar uma só carne. “Esta imagem é muito importante para consolidar este conceito de estrutura de família”, destaca.

“Penso que esta estrutura se apoia também na lei natural, quando se fala do homem e mulher, macho e fêmea, que são completamente diferentes, mas com a unidade formam uma coisa só, algo muito belo. Esta estrutura de família não é vista apenas pela Igreja Católica, mas na cultura oriental, árabe e muçulmana”, salienta o médico egípcio que também faz parte da  Organização Mundial da Saúde.

Editora lançará história em quadrinhos sobre a vida de Bento XVI

Por ocasião da visita do Papa Bento XVI a Madri, a editora americana Manga Hero publicará a história em quadrinhos"Habemus Papam!", que narra a vida do máximo representante da Igreja Católica. "Esta história reproduz as diferentes vivências do Santo Padre por todo o mundo, especialmente como cardeal de seu antecessor, João Paulo II, e culmina com o momento em que foi eleito bispo de Roma", explicou o editor dos quadrinhos, Jonathan Lin, em entrevista concedida à organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"É uma oportunidade para fazer as pessoas conhecerem, de forma inspiradora e atrativa, o Papa Bento XVI, especialmente sua mensagem aos jovens. Os quadrinhos são uma das formas mais inovadoras de entretenimento e oferecem uma leitura fácil para pessoas de qualquer idade", acrescentou Lin.

A história em quadrinhos, da qual serão distribuídos 300 mil exemplares durante o evento de Madri, foi escrita por Gabrielle Gniewek, estudante da John Paul the Great University de San Diego (Estados Unidos).

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

São Lourenço – Diácono e Mártir da Igreja Católica

Nós festejamos, no último dia 10/08, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.

Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: "Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho, para o martírio?". E o Papa respondeu: "Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!". São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isto o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos... Todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo - com bom humor - disse: "Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte".

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou - no Espírito Santo - força para dizer no auge do sofrimento na grelha: "Vira-me que já estou bem assado deste lado".

Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma.

“Deus fala no silêncio, mas é preciso saber escutar”, diz Papa

"O silêncio é a condição ambiental que melhor favorece o recolhimento, a escuta de Deus, a meditação", salientou o Papa Bento XVI na Catequese da última quarta-feira, 10, realizada às 10h30 (pelo horário de Roma, 5h30 pelo horário de Brasília), no pátio interno do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.

A Catequese da quarta-feira foi uma continuação do ciclo de Catequeses sobre a oração, no qual o Papa destacou a importância do silêncio como condição para“escutar a Deus”. “Já o fato de apreciar o silêncio, para deixar-se, por assim dizer, "encher-se" pelo silêncio, predispõe-nos à oração”, explica o Pontífice.

Em busca desse silêncio, em diversas épocas, homens e mulheres que consagraram a vida a Deus, monges e monjas, estabeleceram suas comunidades em lugares particularmente belos: no campo, nas montanhas, em vales, montanhas, lagos ou junto ao mar, ou mesmo em pequenas ilhas.

Estes lugares, ressaltou o Papa, unem dois elementos muito importantes para a vida contemplativa: a beleza da criação e o silêncio, garantido a partir do distanciamento das cidades e dos grandes meios de comunicação.

“Deus fala no silêncio, mas é preciso saber escutar. Por isso, os monastérios são oásis no qual Deus fala à humanidade. E neles se encontro o claustro, um lugar simbólico, porque é um espaço fechado, mas aberto para o céu”, elucidou o Santo Padre.

Memória de Santa Clara de Assis

Na última quinta-feira, 11,a Igreja Católica fez memória a Santa Clara de Assis, por isso, Bento XVI recordou do pequeno convento de São Damião, situado logo abaixo da cidade de Assis, na Itália.

Nesta igrejinha, a qual Francisco restaurou depois de sua conversão, Clara e suas primeiras companheiras estabeleceram sua comunidade, vivendo de oração e de pequenos trabalhos. Elas eram conhecidas como “Irmãs Pobres”, e a forma de vida delas era a mesma dos Frades Menores: “Observando o santo Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo conservando a união pela caridade recíproca e observando em particular a pobreza e a humildade vivida por Jesus e sua santíssima Mãe”.

“O silêncio e a beleza do lugar no qual vive a comunidade monástica – beleza simples e austera – constituem com um reflexo da harmonia espiritual que a comunidade mesma busca realizar”, salientou XVI.

O mundo está cheio destes oásis do espírito, alguns muito antigos, particularmente na Europa, outros são construções mais recentes e outros foram restaurados por novas comunidades.

“Olhando as coisas numa ótica espiritual, estes lugares do espírito são estruturas importantes no mundo! E não é por acaso que muitas pessoas, especialmente nos períodos de pausa, visitam estes lugares e ali ficam por alguns dias: até a alma, graças a Deus, tem suas exigências!”, enfatizou o Papa.

Ao fim da Catequese, o Santo Padre saudou os peregrinos em diversos idiomas, entre eles, o português: “Saúdo com alegria os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os Escuteiros de São Félix da Marinha em Portugal e os seminaristas brasileiros da Arquidiocese de Diamantina. Esforçai-vos por descobrir o valor do silêncio como condição para o recolhimento interior, para poder escutar a Deus. Que a Virgem Maria possa ensinar-vos a amar o silêncio e a oração. Ide em paz!”. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cruz no World Trade Center causa polêmica em Nova Iorque

“A cruz é símbolo de consolação e conforto para aqueles que perderam seus entes queridos, mas também esperança e apoio aos sobreviventes, especialmente para aqueles que estiveram envolvidos nos socorros, para os bombeiros, para os policiais e para os trabalhadores comprometidos na reconstrução e para muitos outros”. Dessa maneira, Padre Brian Jordan, franciscano, responde às denúncias apresentadas pela associação que promove os direitos dos ateus nos Estados Unidos, a “American Atheist”, contra a World Trade Center Cross, a cruz alta seis metros que a comunidade cristã de Nova Iorque deseja transferir ao National September 11 Memorial and Museum a partir do próximo ano. A Cruz “promove a cristianismo acima de outras religiões”, enquanto o “11 de setembro não tem nada a ver com o cristianismo”; essa a motivação da denúncia, de acordo com o presidente da Associação dos Ateus, Dave Silverman.

Enquanto isso, no entanto, informou o jornal L'Osservatore Romano, milhares de pessoas param diante da cruz para um momento de oração ou de recolhimento, e em sua defesa se posicionou também a organização cristã Centro Americana para o Direito e a Justiça, que atua em favor da liberdade religiosa no mundo, segundo a qual a questão de um ponto de vista legal, “é profundamente falha e sem mérito”.

O presidente do Museu, Joe Daniels, interveio dizendo que a Cruz “representará uma parte importante do compromisso de contar a história de 11 de Setembro como ninguém poderia fazê-lo”. A norma que segundo os ateus seria violada estaria contida em uma lei de direitos civis em vigor em Nova Iorque e também constituiria uma violação da Constituição dos Estados Unidos: o museu sendo construído com recursos públicos, não pode hospedar o símbolo de uma só religião.

Intenções de Oração do Papa para o mês de agosto

As intenções de oração do Papa Bento XVI para o mês de agosto têm o foco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011 e nos cristãos do Ocidente.

Como intenção geral, o Santo Padre pede "
para que a Jornada Mundial da Juventude, que se realiza em Madri, encoraje todos os jovens do mundo a fortalecer e fundar a sua vida em Cristo". Na intenção missionária, Bento XVI reza "para que os cristãos do Ocidente, dóceis à ação do Espírito Santo, reencontrem o vigor e o entusiasmo de sua fé".

Todos os meses, o Pontífice confia suas intenções ao Apostolado da Oração, uma iniciativa que é seguida por milhões de pessoas em todo mundo.

Quem foi São João Maria Vianney?

João Maria foi o nome que o santo pároco de Ars recebeu quando foi batizado, no dia 8 de Maio de 1786; vinte e um anos depois, ao ser confirmado, escolheu são João Batista como padroeiro adicional e passou a assinar-se João Maria Batista ou João Batista Maria Vianney.
Passou a infância numa época de vexames policiais e perseguições religiosas. Na casa do pai, em Dardilly, perto de Lião, o crucifixo e outros emblemas religiosos tinham sido retirados. O pequeno Vianney teve de ir fazer a primeira comunhão, às escondidas, na aldeia vizinha de Écully.
Guardava os rebanhos do pai e ajudava o irmão nos trabalhos do campo. Em Écully vivia um santo sacerdote, o Padre Balley, que se encarregou de o instruir. Foi pelos 18 anos que aprendeu a ler e obteve do pai licença para se fazer sacerdote. Pouco depois, em 1809, Napoleão precisou de homens para a guerra de Espanha e João Maria foi chamado para o serviço militar. Mas caiu doente e, tendo sido declarado refratário, contra a sua vontade teve de ir esconder-se nas montanhas de Forez, no Loire; tinha de escapar à polícia. Esteve lá catorze meses, até que o Padre BaIley conseguiu que ele fosse admitido ao seminário. Mas, como nada lhe entrava na cabeça, foi mandado embora ao fim de dois anos. O Padre Balley voltou a ensiná-lo e apresentou-o a um exame de repetição; mas ficou de novo mal. Passou o tempo, e o vigário geral, prescindindo do latim e da filosofia, que ele desconhecia, interrogou-o em francês no que pôde. Havia muita falta de padres na diocese de Lião e a virtude do candidato era evidentissima. Decidiram-se então a ordená-lo sacerdote (13 de Agosto de 1815); tinha já 30 anos. Previa-se não lhe ser concedida jurisdição para ouvir confissões, pois era julgado incapaz de compreender o estado das almas e de as encaminhar pelo justo caminho. Foi mandado como coadjutor do Padre Balley na referida paróquia de Écully. Mas o seu benfeitor morreu três anos mais tarde, legando-lhe os instrumentos de penitência. Algumas semanas depois, o padre Vianney foi nomeado pároco de Ars, aldeia de 230 almas, onde tinham sido abolidas todas as práticas religiosas.
Precisou de nada menos de 25 anos para transformar a paróquia. Ele não brilhava pela eloquência no púlpito, mas as suas prédicas eram muito fervorosas e equilibradas. E obteve completíssimo triunfo precisamente no campo que lhe tinham pensado vedar. Quando ele se sentava no confessionário, o Espírito de Deus iluminava-o. Lia o que se passava nos corações, muito para além das acusações que fazia cada pecador; restituía a fé àqueles que a tinham perdido, convertia os pecadores, e despedia toda a gente com boa consciência e paz. Ars depressa se tornou célebre. A partir de 1830, começaram a chegar, do resto da França e do estrangeiro, 100.000 peregrinos por ano. Para os atender, o pároco Vianney levantava-se à uma da manhã e passava diariamente de 12 a 18 horas no confessionário.
Acompanhava o trabalho aturadíssimo com muita penitência; açoitava-se longamente, dormia no chão duro e alimentava-se de batatas frias e pão seco. Teve de aguentar 35 anos os ataques violentos do demônio (1824-1858). Julgando-se incapaz, e para o clero ficar livre dum padre tão inferior à sua tarefa, tentou muitas vezes ir encerrar-se num mosteiro da Trapa «para lá chorar os seus pecados».
Um dia, ao despedir-se do Cura d' Ars, um poeta célebre disse-lhe maravilhas da santidade daquele varão apostólico: «Sr. Abade, nunca vi a Deus tão de perto». «Realmente Ele não está longe», respondeu o Santo, apontando-lhe para o Sacrário.
Era ali onde estava o segredo de tanta virtude e do poder com que ele subjugava as almas. Quando pregava, era ordinário vê-lo parar de repente e, de mãos postas, cravar os olhos no Sacrário, como a ouvir dos próprios lábios de Jesus o que devia dizer aos fiéis.
Sobreveio-lhe o fim em meio duma serenidade perfeita. Num sábado, 31 de Julho de 1859, recebeu, com as lágrimas nos olhos, o Viático e a Unção dos enfermos e, na quarta-feira seguinte, 4 de Agosto, exalou o último suspiro, com um sorriso nos lábios.

Padre diz que esperança dos sacerdotes suscitam vocações

No mês de agosto se inicia o Mês Vocacional, proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde 1983. No primeiro domingo do mês, 07, vamos celebrar o Dia do Padre. Vocação esta que tem como grande missão levar a palavra e o amor de Deus a todos os povos. Para ser fiel a este chamado e vencer os obstáculos, é preciso contar com as bençãos de Deus.

Assim é a vida de Frei Serafim Cesário, um dos sacerdotes mais velhos do Brasil. Ele é italiano, tem 77 anos de sacerdócio e está próximo de completar 103 anos de vida. Foi ordenado em 1934 e nesta época passou a ser chamado de Frei Miguelângelo. Ele veio para o Brasil em 1936, desembarcou na Bahia para servir a província dos capuchinhos e de lá foi para Aracajú fundar o convento de São Judas Tadeu, onde permanece até hoje. 

Chamado de pai dos pobres, conselheiro e acolhedor dos aflitos, o frei  se sente realizado: "As pequenas dificuldades que eu encontrei na vida, graças a Deus e com a firmeza de minha vocação, superei, não me faltou a graça de Deus para superar." disse o sacerdote.

Como Frei Miguelângelo teve que superar as dificuldades daquela época para evangelizar, ainda hoje os sacerdotes também tem grandes desafios  porém de uma forma diferente. Assim como nos conta  Padre Eliano Luiz, da Fraternidade Jesus Salvador, conhecidos como padres salvistas. Ele foi ordenado há seis anos, atualmente mora na Comunidade Canção Nova, Cachoeira Paulista, e ajuda nos trabalhos de evangelização.

Para ele evangelizar hoje é "um desafio, pois é preciso lidar com a globalização, a rapidez de informações e a decadência de valores que geram grandes dificuldades, pois as pessoas são ignorantes na fé, se tornam vulneráveis e vivem a ditadura do racionalismo".

Segundo o salvista, nos tempos antigos, uma grande vantagem para levar a Palavra de Deus, eram os valores, a fé e o respeito que os fiéis tinham com a pessoa do sacerdote, isso tornava mais fácil pregar o Evangelho. No entanto, nos tempos modernos contamos com grandes aliados para a evangelização, como a tecnologia, a rapidez das informações e a dimensão psicológica.

Na opinião de Padre Eliano, lidar com esse desafios atuais, é importante para o sacerdócio, pois essa modernização fez o padre rever alguns conceitos, buscar novas formas de atingir os fiéis e ampliar seus conhecimentos, mas uma grande desvantagem de tanta modernidade é que, com a perda dos valores familiares, algumas vocações sacerdotais não são tão sólidas, provocando a desvalorização do sacerdote. Sendo assim fica mais fácil o padre se perder e não levar a sério essa sagrada vocação.

O mundo passa por um momento de crise, onde muitas pessoas perderam a esperança de dias melhores. Mesmo com tantos conflitos, ainda é possível surgir vocações santas. Isso acontece a partir do momento que o sacerdote transmite para as pessoas a esperança necessária em tempos difíceis, pois, por meio desse testemunho dos padres, outros jovens poderão dizer, eu também quero ser assim, surgindo novas vocações sacerdotais.